na manhã silenciosa
acordo nas neblinas solitarias
nessa terra sem homens
nesses montes de bois
a lama na canela sobe
no atoleiro sucumbe máquina
nessa terra sem lei
nesses montes se pôs
um blog com 5 anos em crise!!! e sem previsão de melhoras!!!
na manhã silenciosa
acordo nas neblinas solitarias
nessa terra sem homens
nesses montes de bois
a lama na canela sobe
no atoleiro sucumbe máquina
nessa terra sem lei
nesses montes se pôs
não sei se o meio sorriso é sincero ou se é falso.
ora te vejo um pessoa do bem, ora te vejo como uma pessoa má.
a sua outra face me incomoda - a face que vc esconde, a sua sombra é assustadora.
te vejo como um monstro prestes a monstrar os dentes e me morder - uma bomba relógio prestes a explodir.
meio homem, meio mulher.
aliás, mais mulher do que homem.
um olhar severo, muito severo se contrapondo - e ao mesmo tempo - ao olhar sereno.
te vejo divino e demoníaco.
bem e mal em uma só expressão.
mas me incomoda, me perturba a alma, tanto que não consigo olhar muito nos seus olhos que procuro logo a desviar o olhar.
um olhar que atravessa meu corpo e minha alma.
enquanto o seu olho direito olha para o infinito - para o universo inteiro dentro de mim -, o esquerdo olha para o meu corpo físico: a casca.
o olhar direito me julga, já o olhar esquerdo me compadece.
deus e o diabo na terra do sol.
hoje tive um pancadão pedalando sozinho nas montanhas.
uma hora o sol estava refletindo no meu relógio e indo bem no meu olho fazendo com que eu não conseguisse ver as métricas.
comecei a ficar puto.
ai parei e pensei:
porque estou puto?
por achar que o universo está conspirando contra mim?
o único culpado (se é que existe algum) sou eu mesmo.
a interpretação do mal nessa situação é um reflexo de mim mesmo.
ou mellhor, o mal é uma interpretação, uma ótica em cima das circunstâncias causais daquele momento.
mas, o mais importante, foi perceber que na real a responsabilidade por estar em uma situação desfavorável é exclusivamente minha.
e essa situação desfavorável, que traduzimos como O MAL, é apenas um conjunto de circunstâncias em que o seu eu se encontra naquele ponto no espaço tempo.